Suíte de Megan Rosalie McDermott

por **Emily Lisbeth Stoker** Ter Jun 26, 2012 10:38 pm

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por **Megan Rosalie McDermott** Sex Mar 01, 2013 7:05 pm

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A época de colheita estava novamente próxima. Como era claro, aquela época era a que me revoltava, porém eu sempre mantive minha compostura e educação. Já estávamos sendo punidos há tanto tempo que causar uma nova revolta só tornaria as coisas mais complicadas ainda. Mais dois tributos meus haviam morrido, estava começando a me deixar exausta e agora eu só podia contar com um tributo que iria para frente e eu já esperava seu óbito. Não, eu não era pessimista, apenas a realidade fazia parte da minha vida. Tomei o elevador do prédio onde eu habitava na área residencial na Capital. Sentia como se me observassem a todo o momento, todas as noites os pesadelos se repetiam e eu me lembrava da extrema pobreza da que saí para viver como estava vivendo nos dias de hoje. Pode me considerar a pessoa mais indigna por odiar a Capital e ao mesmo tempo desfrutar da vida boa que hoje me era proporcionada, mas julgar alguém era a saída mais fácil, como sempre. Eu vivi na pobreza, sem família e mantinha sozinha meu próprio sustento desde os seis anos. Até o dia em que fui sorteada e com todas as honras sobrevivi. Acredito que mereça hoje desfrutar do meu árduo sacrifício, talvez fosse mais fácil para eu matar, nunca gostei de manter relações afetivas com ninguém, não era do meu feitio. Meu mentor mal olhava para minha cara, aquele bêbado maldito, ainda bem que morreu há tempos! Os meus tributos deveriam beijar o chão pelo qual eu ando. Mal eles sabem pelo que eu passei e ainda reclamam de tudo. Apertei o botão de número 12 e o elevador começou a se movimentar, me virei e encarei o espelho que tomava conta da parte de trás do elevador. Encarava-me, eu permanecia com uma aparência boa, gostava de me exercitar e assistia a todos os jogos. Mas me questionava quem eu era hoje. O elevador parou em frente a uma porta, passei um cartão e ela se destrancou. Entrei e joguei uma sacola com alguns objetos sobre o sofá que ficava na recepção. Poucas coisas eram boas naquela vida, contado com Emily, minha melhor amiga e Presidente da Capital. Não sabia como ela aguentava tudo aquilo. Enquanto caminhava me despia soltando as peças pelo caminho do apartamento. Entrei dentro do box do chuveiro e virei a torneira. Deixei a água escorrer primeiro e depois a toquei verificando sua temperatura. “Perfeita” soltei os cabelos louros que caíram até um pouco abaixo da altura dos ombros. Deixei primeiro a água escorrer sobre o corpo e lentamente joguei a cabeça para trás sentindo a água escorrer melas madeixas que ficaram mais pesadas. Respirei fundo e tentei deixar que a água fizesse meu corpo relaxar. Era difícil, eu tinha repulsa, queria que aquela água purificasse meu corpo. Rapidamente terminei o banho, enrolei uma toalha no corpo e deixei os cabelos pingando. Vesti uma camisola qualquer e pantufas confortáveis. A toalha que estava no corpo foi para os cabelos contendo a humidade e eu caminhei até a janela observando o que ocorria lá fora. O sol atingia um pico alto, deveria ser por volta das duas horas da tarde. As pessoas caminhavam, alguns estilistas corriam para lá e para cá com pedaços de panos enroscados no braço. Mantive meu cenho sério e caminhei novamente para o banheiro carregando comigo as peças de roupa suja que estavam pelo apartamento, joguei-as num cesto de roupas e penteei os cabelos. E me deitei na cama ligando a televisão. A propaganda da colheita começara, desliguei a televisão assim que a programação começou. Virei-me para o lado e dormeci.

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